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2 de julho de 2012

Usina Hidrelétrica de Belo Monte: Desenvolvimento ou retrocesso?


A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte tem dividido a opinião pública, pois trará benefícios e prejuízos para a população, entre os quais se destacam fatores ambientais, populacionais, econômicos, territoriais e culturais. Assim, é dever da população estudar os projetos apresentados pelo governo para que seja adotada a melhor opção de co-relação entre as pessoas e os responsáveis pela obra, ou seja, não interferindo nas atividades rotineiras que envolvem economia, trabalho, modo de viver e cultura.
Por que precisamos de Belo Monte? Essa construção não trará benefícios para os residentes do Xingu. Quem terá o lucro, serão os políticos e empresários por trás da construção, serão os donos de indústrias do Sul e Sudeste, pois para lá que a energia irá. Os ribeirinhos perderão suas casas, a terra em que sempre viveram e sua forma de sustento. Serão forçados a trabalhar nas obras, com péssimas condições, pois é assim que trabalhadores braçais são valorizados no Brasil. A energia será gerada, mas só porque o modelo econômico em que vivemos a requer. O crescente consumismo continua gastando, em vão, os recursos do nosso planeta, até que não sobre nenhum.
É importante destacar que a área na qual a construção foi planejada ocupa aproximadamente 516km², em plena Floresta Amazônica, o que pode implicar em uma maior devastação ecológica e até mesmo alterar o ciclo natural desse meio. Mas o que realmente preocupa a sociedade é a reserva ambiental do Xingu, onde há uma considerável população indígena, além dos animais silvestres que seriam afetados por essas mudanças. Deve-se considerar também que essa construção influenciará no rendimento mensal da população ribeirinha, prejudicando a agricultura local. Portanto, para que não haja conflitos entre a os povos locais e os responsáveis pela construção da usina, devem ser criados programas  de reestruturação da região que promovam vantagens para elas também, como maior desenvolvimento econômico.
O investimento para essa construção é de aproximadamente R$19 bilhões de reais (correspondendo a dezenove vezes que o orçamento paranaense). Mas a Usina de Belo Monte será a terceira maior do mundo, ficando atrás somente da Usina de Três Gargantas (China) e da Usina de Itaipu (Brasil e Paraguai) e isso demonstra que o Brasil cresce não só em termos econômicos, mas também em meios de sustentabilidade e potencialidade energética.  Alguns integrantes da população ribeirinha possuem própria renda resultante da agricultura, mas tem um péssimo saneamento e uma má qualidade escolar.  Com a construção da usina, haverá possibilidades de melhoria das condições de vida e da educação.  Após avaliar esses fatores o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) autorizou a construção, conscientes que prejudicará as condições bióticas da região, porém haverá planos de estabilizar os danos feitos à população e ao território. 
Deveríamos deixar de ser consumistas? Deveríamos parar o desenvolvimento e assim limitar a necessidade energética? Deveríamos buscar fontes alternativas? Qualquer que seja a resposta para essas perguntas, o Brasil precisa da energia hoje. Belo Monte irá inundar menos de 0.01% da Amazônia, enquanto muito mais é desmatado ilegalmente todos os dias. Essa perda será por uma boa causa, porque a terceira maior usina hidrelétrica do mundo é necessária hoje, e será imperativo amanhã.
Com tudo isso, percebe-se que o projeto da Usina de Belo Monte ainda acarretará muitas discussões e avaliações cautelosas sobre o assunto. Como cidadãos, devemos rever os fatores que envolvem tal projeto: Prejuízos à população ribeirinha; Mudanças no ecossistema local, afetando os animais silvestres; Necessidade de energia no futuro; Melhoria nas condições de vida local. O governo deve tomar a decisão correta. E para isso, devemos mostrar nosso opinião. 

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